segunda-feira, 16 de novembro de 2009


É inevitável não criar um bloqueio emocional pós fim de relacionamento. É algo normal, porém doloroso. Por isso, criamos uma espécie de muro, casca e casulo, onde queremos nos proteger. Mas de que? De sofrer outra vez. Quando se está com alguém de que se gosta, há de se doar inteiramente, mergulhar, cair de cabeça, mas as vezes damos de cabeça no chão e é nessa hora, em que esperavamos ter o amor para nos segurar antes de cair, que se ve, que amar nem sempre é o bastante, e que não importa o quando você se dedique a alguém, nem sempre você será correspondido da mesma maneira.

Entretanto, há de se pensar que se colocamos um muro ao nosso redor, podemos deixar de viver muitas experiencias que podem ser positivas, ou não. Mas, quem tem seu próprio murinho, vive muito bem assim, mantendo uma distancia confortável do que pode vir a te machucar. Agora, penso cá com meus botões: será que não é uma boa deixar pessoas que valem a pena, tentar botar nossos muros a baixo? Nunca se saberá a menos que possamos nos permitir.
Ninguém nunca disse que amar era fácil, indolor, e sem consequencias. Mas só se pode apreciar verdadeiramente o sabor do doce, se você ja provou do amargo.
Então não deixe que uma ou duas pessoas que não foram merecedoras do seu amor e entrega, façam você se fechar em sua bolha. Supere, se abra para a vida. O mundo tá ai, cheio de gente, pessoas que valem a pena, e outras que nem tanto. Mas lembre-se sempre, de estar com alguém que sabe com quem está, quando estiver com você. Alguém que reconheça seu valor, que te bote pra cima, que te estimule, que queira sua cia. mais do que qualquer outra cia., alguém que ache que você é linda(o) até matinalmente com meleca nos olhos e cabelo bagunçado, alguém que fique feliz mesmo sem fazer nada, só por estar com você. Esteja com alguém que se importe, alguém que vale a pena fazer você se desfazer do seu muro e se entregar para a vida.
E se caso esse alguém fizer você quebrar a cara, jogue o jogo do contente. Pense que pelo menos, essa pessoa fez você tirar seu muro, e saber que por mais que a queda seja dolorosa, a subida pode ser inesquecivel.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Como levar um pé na bunda com dignidade


Agora vamos lá. Quem nunca levou um pé na bunda em? Normal, sim, fácil não.

Essa é a primeira parte do manual pé na bunda, a proxima será ensinando como dar um, mas a priori, vamos ver como agir para não despirocar o cabeção, mergulhando em toneladas de chocolate e filmes como o diário de uma paixão. Isso só vai fazer você engordar, se sentir pior ainda, e ficar inchada de tanto chorar.


Entãoo...


Primeiro passo: LARGUE este maldito sentimento de posse. Ninguém é dono de ninguém, e mais ainda, não se pode controlar o sentimento alheio. É normal ficar emocionalmente instavel, mas não pense que palavras e atitudes são contratos. As pessoas mudam, cabe a nós entendermos isso de alguma maneira.

Segundo passo: EVITE(leia-se, JAMAIS faça isso) ligar, mandar mensagens, poemas, depoimentos, atualizar o orkut com indiretas, colocar um subnick com maisquediretas, etc. Se alguém te deixou, sem você dar motivos, é porque essa pessoa não foi capaz, ou nao teve maturidade suficiente para sustentar um relacionamento, não que ela não te mereça, mas simplesmente, não quer ficar com você. Aceite isso, não é fácil, eu sei.

Terceiro passo: NADA de chantagem emocional, se fazer de vitima, etc. Se você fizer isso, e o meliante que te deixou voltar com você, tenha certeza que sua apelação só vai fazer você estar com uma pessoa pelo motivo errado. Por experiencia, liberdade "prende" mais do que argumentos furados.

Quarto passo: SE VALORIZE. Serio, isso é bem coisa que mãe diz, mas é um fato. Não mendigue amor ou atenção. Se alguém não reconheceu o seu potencial de bom namorado/ficante/affair, é porque não era para você. Acontece. O que não pode acontecer é se afundar na sua dor, comer litros de porcarias e ficar se desmanchando em lágrimas. Isso só vai te deixar com a auto-estima lá em baixo. Todos sabem que pra gostar de outra pessoa, há de se gostar primeiro. Tenha um pouco de egoísmo saudavel. Tire um tempo para você, se cuide, mude o visual, pense em quanta gente daria o mindinho para estar com uma pessoa bacana como você. Saia de casa se sentindo a pessoa mais bonita e mais legal do universo, isso vai refletir e você vai ver como vai ser notada sua presença.


Quinto passo: Se o caso for mais sério, uma chance é excluir do msn, para evitar aquelas borboletas no estomago toda vez que a plaquinha com o nome do tratante sobe. Mas não acho válido excluir do orkut, me parece uma atitude um tanto quanto criança. Se for melhor, exclua o orkut, ou pare de acessar por um tempo. Assim voce evita de ver coisas que não quer ver. E nada de ficar futricando o orkut do individuo, nem ficar querendo se inteirar de cada passo da vida dele. Abstraia esse exu de sua vida!

Sexto passo: E se encontrar com o meliante na rua? Vista seu melhor sorriso, fale normalmente, como se nada tivesse acontecido, seja o mais cordial possivel, nao deixe transparecer nenhum tipo de dor, por mais que essa vontade corroa seu pancreas. Não deixe que ninguém abale sua felicidade sem seu concentimento, e não, voce não irá concentir, e teje dito.


Sétimo passo: Se abra para conhecer novas pessoas. Não se feche num casulo por medo de quebrar a cara outra vez. A vida é assim, cíclica. Quando voce menos esperar, conhece outra pessoa super bacana, e se terminar outra vez, é hora de se reerguer. Mente quieta, espinha ereta e coração tranquilo, sempre. Todas as experiencias que se passam, são aprendizados. Tente tirar as melhores lições das adversidades, e tenha isso como uma maneira de crescimento.


Oitavo passo: É uma continuação do setimo passo, mas é mais um conselho. Não use ninguém para esquecer outra pessoa. Não é assim que a banda toca. Você acabou de ser magoado, e vai querer magoar outra pessoa? Nada de vingança, nada de desfilar por aí propositalmente com seu novo flerte só para mostrar que você está por cima da carne seca, principalmente se você estiver aos pedacinhos por dentro. Não é justo com quem estiver com você, e voce provavelmente não gostaria de estar nesta posição de estepe.

Nono passo: Preencha seu tempo com atividades variadas. Saia, conheça coisas novas, faça um curso, pratique esportes, dedique-se a algo que vai fazer voce concentrar sua atenção e seus pensamentos em algo que nao seja o exu que te deixou. É bem mais fácil seguir em frente, quando voce muda o seu foco. Deixe o passado no lugar dele, viva o agora, não fique se prendendo em algo que poderia ter sido. Se não foi, passou. Tem muita coisa por vir, aproveite.


Décimo passo: Se a pessoa com quem voce se relacionava, voltar a te procurar, analise as reais razões para isso. Será abstinencia(seca), ou será por que realmente ele viu que é com você que quer ficar? A carne é fraca, eu sei. Mas só volte se voce tiver certeza que a intenção é seria, e deixe tudo as claras. Não queira um pau/prix amigo, isso só dá certo quando não se tem sentimentos envolvidos. Principalmente as mulheres, não vale o approach sexual. Você vai achar que ta desenvolvendo um relacionamento, fantasiando milhoes de coisas, quando voce simplesmente não passou de um lanchinho. É triste, mas é a realidade. Se sentir falta de sexo, compre um vibrador, se sentir falta de carinho, peça cafuné para as amigas. Mas não deixe sua vulnerabilidade comprometer a sua quase estabilidade pos pé na bunda.




Bem, acho que é basicamente isso. É claro que para desenvolver tais passos, eu tive que errar loucamente, e fazer todo o contrário do que foi dito. E sei que experiencia dos outros não vale muito, mas umeno o conselho to deixando. Veja o que é melhor para voce, se valorize, há milhoes de pessoas nesse mundão que podem te dar o retorno que voce merece. Não se prenda e não se feche por causa de algo que não deu certo, cada instante é uma chance para começar do zero. Não tenha medo, todo mundo merece ter um chinelo velho para seu pé cansado.


Então, se cuidem queridos, e desculpa a demora para atualizar, estive passando por uma fase de aprendizado, e agora começou a faculdade, então estou com pouco tempo. Tentarei manter a constancia nas atualizações. Deixem comentários, e neles é uma boa dar algumas sugestões de temas para serem abordados aqui nesta grande frigideira :)


Beijos, e queijos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Poema para um cavalo


Você está longe demais para eu trazê-lo para perto
E alto demais para olhar para baixo
Apenas insistindo em sua dose diária
Eu sei que você nunca precisou de ninguém
Exceto dos papéis para enrolar a sua erva
Como você pode dar o que você não tem?

Você continua indo para o topo
E desiste antes que você suasse uma gota
Alimente seu cérebro vazio
Com sua maconha hidropônica
Comece jogando com você mesmo
Você se diverte mais dentro de sua concha
Prazer em conhecê-lo, mas eu tenho que seguir meu caminho

Eu vou embora de novo porque eu tenho esperado em vão
Mas você está tão apaixonado por você mesmo
Que se eu digo que meu coração está dolorido
Vai parecer uma metáfora barata
Então eu não repetirei mais isso
Eu preferiria tomar minha sopa com um garfo
Ou dirigir um táxi em Nova Iorque
Porque falar com você é trabalhoso demais

Então qual é o ponto de desperdiçar todas minhas palavras
Se é exatamente igual ou até pior
Que ler poemas para um cavalo
Você continua indo para o topo
E desiste antes que você suasse uma gota
Alimente seu cérebro vazio
Com sua maconha hidropônica
Eu aposto que você encontrará alguém como você
Porque há um pé para cada sapato
Eu lhe desejo sorte, mas eu tenho outras coisas para fazer

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ela.


"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

Caio F.

Ele.


"Não era nada com você. Ou quase nada. Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor.Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar.

(...)

E eu estava só começando a entrar num estado de amor por você. Mas não me permiti, não te permiti, não nos permiti. Pedro Paulo me dizendo no ouvido "nunca vi essas luz nos seus olhos".

(...)

Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também.
Quando pergunto você-compreende-tudo-isso não estou subestimando você. Ah, deus, perdoe. Não sinto agressividade nenhuma em relação a você. E gosto das tuas histórias. E gosto da tua pessoa. Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, soma-las, diminui-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto.

(...)

Não sei se em algum momento cheguei a ver você completamente como Outra pessoa, ou, o tempo todo, como Uma Possibilidade de Resolver Minha Carência. Estou tentando ser honesto e limpo. Uma possibilidade que eu precisava devorar ou destruir. Porque até hoje não consegui conquistar essa disciplina, essa macrobiótica dos sentimentos, essa frugalidade das emoções.

Fico tomado de paixão.Há tempos não ficava.

E toda essa peste, meu amigo. O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida. Nem vivi nada ainda. E não sou sequer promíscuo. Dum romantismo não pós, mas pré todas as coisas - um romantismo que exige sexualidade e amor juntos. Nunca consegui. Uns vislumbres, visões do esplendor. Me pergunto se até a morte - será? Será amor essa carência e essa procura de amor, nunca encontrar a coisa?

Não quero me tornar uma pessoa pesada, frustrada, amarga. Não vou me tornar assim.Então vacilo, escorrego e a mania de perfeição virginiana e a estética libriana no dia seguinte me dizem "que vergonha, que vergonha, que vergonha".

(...)

Caio F.

Mas não se pode agir assim, a amiga avisou no telefone. Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais. Tentaria, então, com toda a delicadeza possível, sem decidir propriamente decidiu no meio da tarde — uma tarde morna demais, preguiçosa demais para conter esse verbo veemente: decidir. Como ia dizendo, no meio da tarde lenta demais, escolheu que — se viesse alguma sofreguidão na garganta, e veio — diria qualquer coisa como olha, tenho medo do normal, baby.

Só que, como de hábito, na cabeça (como que separada do mundo, movida por interiores taquicardias, adrenalinas, metabolismos) se passava uma coisa, e naquele ponto em que isso cruzava com o de fora, esse lugar onde habitamos outros, começava a região do incompreensível: Lá, onde qualquer delicadeza premeditada poderia soar estúpida como um seco: não. E soou, em plena mesa posta.

Tanto pasmo, depois. Sozinho no apartamento, domingo à noite. (...)

Então a suspeita bruta: não suportamos aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós. Afirmou, depois acendeu o cigarro, reformulou, repetiu, acrescentou esta interrogação: não suportamos mesmo aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós? Não, não suportamos essa doçura.

Puro cérebro sem dor perdido nos labirintos daquilo que tinha acabado de acontecer. Dor branca, querendo primeiro compreender, antes de doer abolerada, a dor. Doeria mais tarde, quem sabe, de maneira insensata e ilusória como doem as perdas para sempre perdidas, e portanto irremediáveis, transformadas em memórias iguais pequenos paraísos-perdidos. Que talvez, pensava agora, nem tivessem sido tão paradisíacos assim.

Porque havia o sufocamento daquela espécie de patético simulacro de fantasia matrimonial provisória, a dificuldade de manter um clima feito linha esticada, segura para não arrebentar de súbito, precipitando o equilibrista no vazio mortal. Cheio de carinho, remexeu no doce, sem empurrar o prato. Preferia a fome: só isso. Pelo longo vício da própria fome — e seria um erro, porque saciar a fome poderia trazer, digamos, mais conforto? — ou de pura preguiça de ter que reformular-se inteiro para enfrentar o que chamam de amor, e de repente não tinha gosto?

De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação? Espera, vamos conversar, sugeriu sem muito empenho. Tarde demais, porta fechada. Sozinho enfim (...)

Era desses caras de barba por fazer que sempre escolherão o risco, o perigo, a insensatez, a insegurança, o precário, a maldição, a noite — a Fome maiúscula. Não a mesa posta e farta, com pratos e panelas a serem lavados na pia cheia de graxa — mas um hambúrguer qualquer para você que escrevo. Mas os escritores são muito cruéis, você me ama pelo que me mata com coca-cola no boteco da esquina, e a vida acontecendo em volta, escrota e nua.

Não muito confuso, assim confrontado com sua explícita incapacidade de lidar com. A palavra não vinha. Podia fazer mil coisas a seguir. Mas dentro de qualquer ação, dentes arreganhados, restaria aquela sua profunda incapacidade de lidar com (...)

ainda pensou: gosto tanto de você, baby. Só que os escritores são seres muito cruéis, estão sempre matando a vida à procura de histórias. Você me ama pelo que me mata. E se apunhalo é porque é para você, para você que escrevo — e não entende nada.


Caio F.

terça-feira, 16 de junho de 2009

forgive me



I'll cross my heart
And hope to die
Before I have a chance to lie
To you my dear
Who I wish no harm
But I know in the end this will turn out wrong
See I've been known to fall in love
But sometimes love just is not enough
And my heart will stray
Before too long
So please forgive me for when I sing this song.